Depois de um longo recesso...
Vale
a pena comentar. Reconhecidamente o SESC é um dos espaços mais democráticos de
manifestação cultural, a instituição disponibiliza gratuitamente em suas
unidades a "revista e", abordando assuntos diversos. Ao folhear a
edição de julho me deparei na sessão entrevista, com uma matéria com o
Psicanalista e escritor Tales Ab' Sáber, que fala sobre a indústria cultural
contemporânea de maneira crítica. Na sessão denominada Pauta, a Psicóloga
Cristina Costa Cruz e o Psicanalista Jacob Pinheiro Goldberg analisam o fenômeno
medicalização.
Meu objetivo em abordar tal questão se resume a seguinte reflexão: As
mais variadas formas de manifestação artística, tais como, cinema, teatro,
dança e etc., perceberam na ciência Psicologia sua importância, fato este
observado com recente lançamento do filme “um método perigoso” que fala da relação entre Freud e Jung, do espetáculo de
dança que tem como tema a obra de Nise da Silveira, bem como do filme a ser
lançado narrando a trajetória de sua experiência profissional. Será que a partir de diversas possibilidades
que permeiam o extenso campo da arte, é preciso dizer algo mais para que os
psicólogos percebam nesse campo um sentido para o seu próprio trabalho?
Na modernidade,
momento no qual a arte se emancipa definitivamente, adquirindo o poder de
exprimir uma relação mais autêntica do homem com o mundo, a arte possui
"uma função e uma força insubstituíveis". Diante disto, não terá a
Psicologia, ocupando seu espaço interdisciplinar algo a dizer? Tudo dependerá de
nossa disposição como profissionais da psicologia, como expectadores da arte,
para introduzir-se nesse campo, cujos limites parecem infinitos.
“Infinitas
possibilidades, o olho atento vai mostrar tantos detalhes pra se olhar” Forfun.